19 de mai. de 2009

SÃO PAULO NUMA SEGUNDA-FEIRA.


A parte feliz do dia: um luxo de trabalho do Miro pincelando com as melhores tintas e pincéis as fotos de uma campanha.  A parte triste e decepcionante foi a notícia de que fiquei entre os sete melhores cartazes no concurso do Museu da Casa Brasileira. Estarei lá em exposição mais uma vez. Venci esse mesmo concurso no ano de 2000. Desde lá, participei de algumas outras edições de forma bastante frustrante. Os vencedores sempre pareciam mal escolhidos e sem muito critério. E não falo isso porque não venci novamente. Falo porque os vencedores eram ruins mesmo.

Em 2009, nove anos depois, resolvi apostar pra valer e inscrever 3 propostas. A que mais apostava sequer foi classificada. Um dos três ficou entre os sete melhores. E o vencedor? Bonito, mas totalmente "nonsense". E esse não era o briefing! Concordo com a inovação, a ousadia e a beleza plástica. Mas cadê o design de produto que foi tão enfático no briefing?

Mágoas a parte, o dia em São Paulo não coincidiu com a minha vitória. Sigo confiando no meu "taco". Mas nunca mais perco meu tempo e dinheiro nesse concurso. 

Segue o texto de defesa do cartaz vencedor que está no próprio site do MCB:???????????????????????????????????????????????


1° lugar
Autoria: Ronaldo Alves dos Santos Filho, Rio de Janeiro; fotografia de
Line Kirk

O choque provocado pelo cartaz vencedor é seu maior mérito— um enorme pé descalço ocupando toda a área do cartaz. A força e brutalidade desse pé nos remetem aos famosos e importantes cartazes poloneses, dos quais Andrzej Pagowski é um dos principais representantes, e que se valiam de metáforas para criticar política e socialmente o regime totalitarista e autoritário em que viviam, subvertendo-o. Esse pé, direito e em grande parte vermelho, poderia representar metaforicamente uma nova base na abordagem do prêmio e do próprio museu, até mesmo “tomar pé em”, “pegar pelo pé”, “com o pé direito”. ????????????????????????????????????????????????????????????????????????


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